domingo, 24 de julho de 2016

O uso de flúor na Odontopediatria


Bom dia queridos!
Tudo?

Desculpem a demora em postar! Posso dizer que essa semana foi, no mínimo ~pausa dramática~ punk!!!
Porém, vivos estamos, e hoje vamos falar um pouquinho de um assunto que praticamente reinou no consultório:

Flúor na Odontopediatria!!

Ouvi de alguns pais certas informações erradas e pretendo desconstruir esses erros com algumas dicas e informações (com base na literatura científica)...

Vamos acompanhar então todo o histórico, começando por:

O que é a cárie?
A cárie é uma doença multifatorial, infecciosa, transmissível e de dieta dependente, produzindo a desmineralização das estruturas dentárias. Esse conceito é embasado na interação de fatores, que são: dente susceptível, microorganismo, dieta e tempo (Diagrama de Newbrum, abaixo):




A cárie ocorre quando o processo de desmineralização não consegue ser controlado pela fase de remineralização, provocadas pela ação dos ácidos produzidos pelas bactérias presentes no biofilme, que se utiliza dos carboidratos na dieta alimentar do paciente.

Devido aos elevados padrões de consumo de açúcar e ao limitado uso de medidas preventivas adequadas, a cárie dental (fortemente relacionada pelos problemas sociais e econômicos do país), apresenta índices considerados muito altos!

A prevenção da cárie pode ser realizada por meio da aplicação do flúor, uma vez que este elemento apresente a propriedade de inibir a desmineralização dos dentes, promovendo sua remineralização, tornando-os mais resistentes ao ataque dos ácidos!

Entretanto, alguns pais e colegas ficam confusos ao discutir sobre a introdução do flúor na rotina da criança. Qual a melhor pasta? Qual a melhor escova? Qual a quantidade?

De acordo com as novas recomendações da Academia Americana de Pediatria, os primeiros dentes dos bebês devem, sim, ser higienizados com cremes dentais que contêm esse elemento.

Vem, com a #DicaDaCá:


  • É indicado pastas dentais com concentração de flúor entre 1100 e 1450 ppm (partes por milhão). Cremes dentais com concentração inferior a 500 ppm não protegem das cáries. 
  • Enquanto a criança ainda não tem os dentes molares (os dentinhos do fundo, com mais sulcos e fóssulas), é indicado que a limpeza seja feita com uma dedeira ou gaze. Após a erupção destes, o uso da escova torna-se imprescindível!


Vale lembrar, claro, que as recomendações devem vir de um Odontopediatra, que irá traçar o perfil socio-econômico e dieta alimentar do paciente, podendo assim, indicar a melhor concentração de flúor, tendo em vista sua idade e erupção dos dentes!!

Com a preocupação de haver a ingestão do flúor por parte das crianças durante a escovação, é recomendado que os pais utilizem uma quantidade equivalente à um grão de arroz em crianças de até dois anos, e a partir daí, aumentam gradativamente, até o tamanho de um grão de ervilha para os maiores. "Se os pais usarem essa quantidade, não ultrapassam 30% da margem de segurança de deglutição do flúor, ou seja, ainda que a criança engula o creme dental, ela não correrá riscos de ter fluorose", explica o presidente da ABO (Associação Brasileira de Odontopediatria), Paulo César Rédua.



É normal ficarmos apreensivos, nos perguntando se estamos fazendo o melhor para nossos filhos, por isso, para melhor uso dos cremes dentais fluoretados em crianças, procure seu odontopediatra! Nada melhor que a opinião de um especialista para tratar os nossos pequenos que tanto amamos!!

Tchau, gente!
Bjo bjo


Fonte:
Lima, Jose E. de O. Cárie dentária: um novo conceito. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. Maringá, v12, n6, p. 119-130, nov/dez 2007.
Processos físico-químicos no biofilme dentário relacionados à produção de cárie. Química Nova na Escola, vol X, n X. "Adaptação".
Programa Brasil Sorridente - A Saúde Bucal Levada a Sério. Componente fluoretação na água. Brasília, 2006.

quarta-feira, 13 de julho de 2016


 DENTISTA QUE COBRA CONSULTA? (clique aqui para o 'grand iniciale' rs)


Como assim? Mas você não pode dar uma "olhadinha"?

Olá meus queridos!!
O tema de hoje é: Consulta!
Essa palavra ~temida~ por pacientes e até por colegas! Vamos entender as coisas mais à fundo?
O que é a consulta?
"consulta
substantivo feminino
  1. 1.
    ato ou efeito de pedir a opinião de alguém mais experiente ou especialista sobre (algum assunto).
  2. 2.
    ato ou efeito de atender, dar conselho, diagnóstico ou opinião, ou receitar ou efetuar tratamento médico etc.; atendimento."

Dito isso, vamos pensar um pouquinho:
Quando você, paciente, procura atendimento do dentista, você está:
  1. buscando opinião de alguém especialista sobre o assunto
  2. diagnóstico
  3. medicamento
  4. atendimento
  5. urgência (a fim de cessar sua dor ou incômodo)? 


Se a resposta for "sim" à todas as alternativas, então você deve pagar a consulta! Vamos ver um vídeo que pode nos elucidar melhor?



Além de todo o nosso investimento, estudo, todo o nosso espaço feito especialmente para te atender bem, vamos também nos lembrar um pouco da lei. Vemm com a #DicaDaCá

CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICO
CAPÍTULO VIII 
DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS 

Art. 20. Constitui infração ética:
I - oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente

Se apesar de tudo isso, você ainda achar que a consulta realizada pelo dentista não deve ser remunerada... Bem, melhor rever seus conceitos, não é mesmo? Afinal, prestamos serviços da mesma forma que um médico ou advogado, por exemplo. Utilizamos de todo o nosso conhecimento para fornecer o melhor diagnóstico, da melhor forma. Afinal, fizemos um juramento para isso!! =)

E aí? Mudou seu conceito? Ainda não?! Me dá a sua opnião!! Vou adorar bater um papo com vocês!

Bjobjo



segunda-feira, 11 de julho de 2016

Espícula Óssea


Olá queridos!!

Vou falar um tiquinho pra vocês sobre espícula óssea.
Que palavrão, né não? Não!! Algo comum de acontecer após exodontias. Mas porque ela ocorre?

Durante a extração, temos que realizar algumas manobras a fim de criar espaço suficiente para remover o elemento dental, como odontosecção (cortar o dente) ou osteotomia (cortar o osso). Essas manobram geram diversas espículas (restos de ossinhos pontiagudos) que, na sua maioria, são removidas durante a cirurgia, através da lavagem do alvéolo com soro fisiológico.
Contudo, algumas podem permanecer no alvéolo e o próprio organismo se encarrega, durante o processo de cicatrização, de "empurrá-las" para fora!
Nada que deva gerar qualquer preocupação! O prognóstico é favorável e a espícula tende a se resolver sozinha, no dia-a-dia ela pode sair conforme a língua faz movimentos, porém, se ela estiver causando incômodo ou dor na região, pode ser facilmente removida numa nova micro-cirurgia!

E com você, já aconteceu isso?

Siso semi-incluso


Tchau, gente!!

Bem-Vindos!


Boa tarde queridos!!
Tudo??
Eu sempre gostei muito de escrever... Quando criança, era cheia dos diários... Nas festas de final de ano, antes da entrega dos presentes, eu sempre fazia um poema e recitava, deixando (sempre) a mamãe emocionada, rs...
Com o passar do tempo, com a correria do dia-a-dia, fui perdendo esse carinho que eu tinha pela escrita, mas que quis retomar agora! Adoro compartilhar o que penso, sinto e faço! Acho muito gostoso quando aprendo coisas novas e também gosto muito de ensinar (tenho vontade de dar aulas também!!).
Meu intuito com esse blog é ter um espaço para escrever um pouco sobre a Odontologia de forma divertida, mas claro, com muita informação pertinente e dicas que vamos aprendendo com as experiências da vida, esperando, dessa forma, que algumas pessoas sintam-se ajudadas!!

E aí? Vem também!! Vou adorar sua companhia!!